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AS MARCAS REBELDES QUE MANDARAM O DESIGN TRADICIONAL SE F*DER 🔥

  • Foto do escritor: Mariana Anitelli
    Mariana Anitelli
  • 27 de mai.
  • 5 min de leitura

Enquanto todo mundo fica repetindo as mesmas cores, fontes e layouts "seguros", algumas marcas disseram um sonoro "VAI TOMAR NO C*, PADRÃO!" e agora estão dominando seus mercados. E olha, não é coincidência não, viu? É estratégia PURA.


TONY'S CHOCOLONELY: A QUEEN QUE QUEBROU TUDO (LITERALMENTE)

TONY'S CHOCOLONELY: A QUEEN QUE QUEBROU TUDO (LITERALMENTE)

A JOGADA MAIS OUSADA: Imagina uma marca de chocolate que QUEBRA a própria barra de propósito? Não é defeito, é MANIFESTO, amor!


A REVOLUÇÃO POR TRÁS: Fundada em 2005 por um jornalista holandês que descobriu que grandes marcas de chocolate usavam trabalho escravo, a Tony's transformou indignação em negócio. Cada pedaço irregular da barra simboliza como a indústria cacaueira é fragmentada e desigual - 70% dos produtores vivem na pobreza enquanto as grandes corporações lucram bilhões.


O DESIGN SUBVERSIVO: Enquanto Nestlé, Hershey's e Cadbury apostam em embalagens "familiares" e seguras, a Tony's grita com cores primárias, tipografia bold e uma identidade visual que mais parece arte contemporânea. A marca literalmente transformou o formato físico do produto em storytelling - você não consegue comer sem lembrar da mensagem.


RESULTADO ESTRATÉGICO: Conquistaram 18% do mercado holandês de chocolate em menos de 15 anos e se expandiram globalmente não vendendo sabor, mas vendendo consciência. Cada barra é um manifesto político que você pode comer.


BOLD SNACKS: A BADDIE QUE PINTOU O FITNESS DE NEON


BOLD SNACKS: A BADDIE QUE PINTOU O FITNESS DE NEON

A DISRUPÇÃO TOTAL: Enquanto todo snack fitness é mais sem graça que conversa de elevador, a Bold chegou GRITANDO em cores que fazem seus olhos arderem.


A PSICOLOGIA POR TRÁS: A Bold entendeu um paradoxo crucial: pessoas que escolhem snacks saudáveis não querem se SENTIR virtuosas o tempo todo - querem se sentir indulgentes SEM a culpa. Por isso apostaram num visual que remete a doces e treats, mas com ingredientes clean. É neurociência aplicada ao design.


QUEBRA DE PARADIGMA VISUAL: Enquanto competidores como Kind, RX Bar e Quest apostam em packaging minimalista, cores neutras e foco nos ingredientes, a Bold fez o oposto: curvas sensuais, degradês vibrantes, embalagens que mais parecem produtos de beleza do que comida. Transformaram proteína em pleasure.


O INSIGHT COMPORTAMENTAL: Perceberam que o consumidor fitness moderno não quer parecer atleta profissional - quer parecer descolado. O público millennial/Gen Z valoriza mais a experiência estética do que a performance funcional. A Bold vendeu o Instagram moment, não apenas o macronutriente.


RESULTADO DISRUPTIVO: Se posicionaram como premium em um mercado commoditizado, conquistando millennials dispostos a pagar mais por uma experiência sensorial completa.


METHOD: A DIVA QUE FEZ PRODUTO DE LIMPEZA VIRAR DÉCOR


METHOD: A DIVA QUE FEZ PRODUTO DE LIM

A REVOLUÇÃO DOMÉSTICA: Gente, essa marca pegou o setor mais CHATO do supermercado e transformou em lifestyle brand. Audácia PURA!


O CONTEXTO DISRUPTIVO: Lançada em 2000 por dois ex-executivos que perceberam uma oportunidade bizarra: produtos de limpeza sempre foram formulados para funcionar, nunca para inspirar. Enquanto Procter & Gamble e Unilever focavam em "poder de limpeza", a Method perguntou: "e se limpeza fosse prazer?"


A ESTRATÉGIA DE DESIGN THINKING: Contrataram Karim Rashid, designer industrial famoso por criar produtos futuristas, para reimaginar completamente a categoria. Resultado: garrafas esculturais que parecem objetos de arte, cores ousadas inspiradas em nail polish, formas orgânicas que desafiam a funcionalidade tradicional.


REVOLUÇÃO COMPORTAMENTAL: Transformaram o "esconder embaixo da pia" em "expor orgulhosamente no balcão". A Method criou um novo ritual doméstico onde limpeza vira momento de self-expression. Não é mais chore, é terapia estética.


IMPACTO CULTURAL: Inspiraram uma geração inteira de marcas a repensar produtos utilitários como objetos de desejo. Abriram caminho para toda a revolução do "everyday luxury" que vemos hoje.


WHO GIVES A CRAP: A SAVAGE QUE BOTOU PERSONALIDADE NO PAPEL HIGIÊNICO


WHO GIVES A CRAP: A SAVAGE QUE BOTOU PERSONALIDADE NO PAPEL HIGIÊNICO

A AUDÁCIA SUPREMA: O NOME já entrega o nível de f*da-se dessa marca. Papel higiênico com humor e propósito? SERVE!


A ORIGEM GENIAL: Fundada por três australianos que ficaram chocados ao descobrir que 2,3 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a banheiro decente. Em vez de fazer caridade tradicional, criaram um modelo onde cada compra ajuda a construir banheiros em países em desenvolvimento. Capitalismo consciente no seu melhor.


ESTRATÉGIA DE NAMING SUBVERSIVA: Enquanto concorrentes como Charmin e Cottonelle apostam em nomes "família friendly", eles foram literalmente pelo caminho do "quem se importa mesmo?". O nome é memorável PORQUE é provocativo. É impossível esquecer uma marca que você tem vergonha de falar em voz alta.


DESIGN ANTI-CATEGORIA: Papel higiênico tradicionalmente usa cores pastéis, natureza, ursinhos fofinhos - tudo muito "clean" e asséptico. A Who Gives A Crap fez o oposto: cores vibrantes, padrões geométricos, embalagens que mais parecem revistas de arte. Transformaram o mais íntimo dos momentos em celebration.


GENIALIDADE DO TONE OF VOICE: Combinaram humor britânico com propósito social real. Não é piada pela piada - é comédia que educada sobre saneamento básico mundial. Cada embalagem tem facts sobre a crise global de higiene. Edutainment no banheiro.


RESULTADO CULTURAL: Criaram uma community global de pessoas que se orgulham de usar papel higiênico "descolado". Transformaram produto commodity em badge de identidade pessoal.


DENGO: A BRASILEIRA CHIQUE QUE NÃO TEM VERGONHA DAS RAÍZES


DENGO: A BRASILEIRA CHIQUE QUE NÃO TEM VERGONHA DAS RAÍZES

A REVOLUÇÃO NACIONAL: Criada por ex-Natura, essa marca provou que chocolate brasileiro pode ser TÃO chique quanto os europeus.


O CONTEXTO CULTURAL: Fundada em 2016 por Guilherme Peirão Leal (cofundador da Natura) e Estevan Sartoreli, a Dengo nasceu de uma frustração legítima: o Brasil produz alguns dos melhores cacaus do mundo, mas sempre foi visto como fornecedor de matéria-prima, nunca como criador de produtos premium.


ESTRATÉGIA DE BRASILIDADE SOFISTICADA: Em vez de copiar códigos europeus (dourado, preto, serif clássica), a Dengo criou uma linguagem visual que é orgulhosamente brasileira SEM ser caricata. Ilustrações que remetem à biodiversidade amazônica, cores terrosas inspiradas nos biomas nacionais, tipografia que conversa com a cultura popular mas mantém elegância.


REVOLUÇÃO NO STORYTELLING: Cada chocolate conta a história de um produtor brasileiro específico. Não é apenas "origin chocolate" - é jornalismo gastronômico aplicado ao branding. Transformaram rastreabilidade em narrativa emocional.


DESIGN COMO CURADORIA CULTURAL: As embalagens funcionam como mini-exposições sobre cultura brasileira. Arte que referencia desde cerâmica marajoara até grafite urbano, sempre com execução impecável que compete diretamente com Valrhona e Amedei.


IMPACTO NO MERCADO PREMIUM: Conseguiram posicionar chocolate brasileiro no mesmo patamar de preço e prestígio dos europeus, provando que origin story nacional pode ser tão potente quanto tradição centenária estrangeira. Nacionalismo gastronômico como estratégia de branding premium.


O SEGREDO POR TRÁS DESSA REBELDIA TODA


ESCUTA AQUI, AMOR: Essas marcas não acordaram um dia e falaram "vou ser diferente". Não é sorte, é ESTRATÉGIA CALCULADA.


Os 5 Mandamentos das Marcas Rebeldes:


  1. ESTUDE O MERCADO OBSESSIVAMENTE - Você só quebra regras quando conhece elas

  2. TENHA CORAGEM DE SER ODIADA - Marca que agrada todo mundo não marca ninguém

  3. PROPÓSITO > PRODUTO - Venda a causa, não a coisa

  4. CONSISTÊNCIA É TUDO - Seja rebelde, mas seja rebelde SEMPRE

  5. AUTENTICIDADE NÃO SE FINGE - O público sente quando é marketing fake


A REAL SOBRE REPERTÓRIO


Essas marcas que "ligaram o foda-se" na verdade ligaram MUITO para:

  • Pesquisa de mercado

  • Comportamento do consumidor

  • Tendências culturais

  • Posicionamento estratégico


É REBELDIA CALCULADA, GENTE!


O VEREDITO FINAL

Enquanto todo mundo fica copiando os "cases de sucesso" do passado, essas marcas estão escrevendo os cases do futuro.


A pergunta não é "por que elas deram certo?". A pergunta é: "por que VOCÊ ainda está seguindo cartilha?"


XOXO 💋

Gossip do Branding


PS: Se você é designer e quer parar de ser mais um na multidão, talvez seja hora de investir em repertório de verdade. Just saying... 👀

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