Branding LGBT: Muito Além da Logo Arco-Íris no Mês do Orgulho – O Caso do TXM
- Mariana Anitelli
- 22 de mar.
- 3 min de leitura
Em um mundo onde marcas fingem abraçar causas sociais apenas para ganhar curtidas, é necessário ir além do arco-íris enfeitado no logo durante o mês de junho. A inclusão do público LGBT não deveria ser uma jogada de marketing sazonal, mas sim uma estratégia autêntica e consistente. O LOGO - Laboratório de Orientação da Gênese Organizacional (UFSC) desenvolveu a metodologia “TXM Branding” para ajudar marcas a serem genuínas e bem fundamentadas. Porque, sejamos sinceros, ninguém gosta de uma empresa que diz apoiar a diversidade e, ao mesmo tempo, ignora o básico no dia a dia.
O Papel do Branding na Inclusão do Público LGBT
Ah, a velha história do pink money! Muitas marcas adoram encher seus feeds com discursos sobre diversidade, mas, quando a poeira baixa, não contratam profissionais LGBT, não implementam políticas inclusivas e ainda usam estereótipos batidos.
Spoiler: isso não funciona. O consumidor moderno quer coerência, e a estratégia de comunicação precisa ser mais do que uma fachada colorida.
Metodologia TXM Branding e sua Aplicação
A metodologia “TXM Branding” propõe um caminho para que as marcas encontrem sua identidade real e saibam como se posicionar sem parecer forçadas. Para isso, é preciso analisar o contexto social e entender de verdade os anseios do público LGBT.
Dica valiosa: copiar concorrentes que fazem o mínimo não é estratégia, é preguiça.
Além disso, o uso dos arquétipos de Jung pode ajudar a definir uma personalidade de marca que dialogue com a comunidade LGBT de forma natural. Afinal, ninguém quer ser aquele parente distante que tenta forçar gírias jovens e acaba soando constrangedor. E não, um post dizendo "love is love" não basta para conquistar um público que já está cansado de campanhas vazias.
Um dos passos mais eficazes é o Mapa de Empatia, porque tentar entender o consumidor LGBT sem ouvir suas vivências é o mesmo que jogar dados no escuro e torcer para acertar. Quem sabe, talvez com essa ferramenta as marcas parem de enfiar unicórnios e purpurina em tudo e comecem a criar campanhas realmente representativas.
Experiência e Gestão da Marca
A experiência do consumidor vai muito além de um post comemorativo no Mês do Orgulho. Elementos visuais e simbólicos precisam ser utilizados com responsabilidade. Afinal, a bandeira do arco-íris tem um significado real, e não é só um filtro bonito para redes sociais. A identidade visual e os materiais de comunicação precisam ser pensados de forma a evitar estereótipos cansativos.
E, claro, gestão de marca não se faz uma vez e pronto. Não adianta soltar uma campanha “inclusiva” e depois ignorar toda a evolução da sociedade. Ferramentas como análise SWOT e revisão de Missão, Visão e Valores são essenciais para manter a coerência – porque ninguém quer ser a empresa que um dia apoia a diversidade e, no outro, patrocina discursos opressores sem perceber.
Recomendações para uma Comunicação Eficaz com o Público LGBT
Agora, um guia rápido para marcas que querem ser levadas a sério e não apenas acumular comentários irônicos na internet:
Autenticidade e Coerência – Se você diz apoiar a diversidade, mostre isso internamente. Caso contrário, o público percebe e te cancela sem dó.
Participação da Comunidade – Quer falar sobre pessoas LGBT? Que tal contratá-las e ouvi-las antes de lançar campanhas desastrosas?
Linguagem e Identidade Visual – Se sua ideia de marketing LGBT envolve apenas glitter e arco-íris, sugiro repensar.
Ações Contínuas – Diversidade não é trend passageira. Se a causa some do seu radar no dia 1º de julho, talvez você esteja fazendo errado.
Responsabilidade Social – Além de falar, agir. Apoiar projetos reais para a comunidade LGBT pode ser um bom começo.
Considerações Finais
Segundo o Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, marcas precisam ir além do discurso e se tornarem agentes ativos de mudança. Isso significa respeitar direitos, eliminar discriminação no ambiente de trabalho, prevenir abusos no mercado e agir na esfera pública.
O Mapa de Empatia continua sendo uma das ferramentas mais valiosas para que as marcas parem de errar feio e comecem a se comunicar de forma decente com o público LGBT. E, claro, diversidade não é um evento anual com brindes coloridos. Quem ainda não entendeu isso, provavelmente não durará muito no mercado.
Em resumo, quem quiser seguir as recomendações aqui listadas, parabéns! Você está no caminho certo. Quem preferir continuar na superficialidade, bem... o público já aprendeu a identificar esse jogo e sabe muito bem quando está sendo enganado.
xoxo, gossip do branding!




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